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Um segundo messias?

O papel do messias filho de José no Salmo 80

Nathanael Baldez|

09/08/2024

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Nathanael Baldez

Pastor na Igreja Batista Fonte em Campinas (SP). É bacharel em Teologia e pós-graduado em aconselhamento bíblico pelo Seminário Bíblico Palavra da Vida. Mestrando em Antigo Testamento (STM) pelo Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper.

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Como citar

Baldez, Nathanael. Um segundo messias? O papel do messias filho de José no Salmo 80. Unus Mundus, Belo Horizonte, n. 4, jul-dez, 2024.

O Salmo 80 apresenta uma expectativa intrigante no saltério. Após o foco davídico nos livros 1 e 2, e a calamidade do Exílio no livro 3, o salmo volta a atenção para as tribos do norte, especialmente representadas por José. Essa relação levou alguns a associarem o salmo à antiga tradição judaica sobre a vinda de dois messias: o messias davídico e um messias filho de José.¹

Contexto histórico do salmo

Apesar da ênfase atual nos estudos dos salmos ser, corretamente, o contexto estrutural e canônico, é útil, nesse caso, observar o pano de fundo de modo a ressaltar a figura do libertador esperado. O Salmo 80 evoca um momento de grande dificuldade para o Reino do Norte, narrado com imagens familiares ao antigo Israel. O título do salmo na Septuaginta recebe um acréscimo quando comparado com o título na Bíblia Hebraica,² com a adição da expressão “sobre o Assírio”, fazendo uma inferência segura para o contexto de lamento do salmo.³

A situação dramática da nação é descrita como debaixo da ira de Deus e da opressão de um inimigo estrangeiro (v. 4-6, 13). Walter Christian Kaiser Jr., identifica os adversários como o rei assírio Tiglate-Pileser (745-727) e seu sucessor, Salmaneser (727-722), que oprimiram enormemente o Reino do Norte,⁴ levando-o à destruição pelo império assírio, como uma expressão do juízo de Deus. O salmo é curiosamente atribuído à escola asafita, musicistas do Reino do Sul, tratando-se de um raro exemplo de salmistas do sul referenciando eventos do Reino do Norte.⁵

Contexto literário do salmo

Estudos recentes mostram que o saltério não é um depósito aleatório de salmos, mas o fruto da atividade intencional de copiladores e editores que agruparam coleções pré-existentes e selecionaram salmos, formando a versão final do saltério que usamos, conhecido como MT 150.⁶ Para tanto, fizeram uso de marcadores estruturais distintivos, com salmos específicos servindo para transição e ênfase no fluxo do saltério.⁷ Dessa forma, os salmos devem ser considerados dentro de suas coleções, de seus livros e no fluxo do próprio livro de Salmos.

A partir desta abordagem, o Salmo 80 ocorre no contexto da coletânea de Salmos de Asafe no livro 3 do saltério, onde o salmista introduz elementos importantes para sua mensagem. Os salmos anteriores (77-79) fazem referências a Jacó, José ou Efraim (77.15, 78.9, 79.7) e a Deus como pastor de Israel (77.20, 78.52, 79.13). Em meio a essa ênfase efraimita, o salmista, no Salmo 78, declara que Deus “rejeitou as tendas de José, e não escolheu a tribo de Efraim” (78.67), escolhendo Judá e Davi como pastor de Israel e legítimos reis (Sl 78.68-72). É interessante, no entanto, que logo após estabelecer Davi como pastor de Israel e enfatizar a rejeição de Efraim e José, o Salmo 80 inicie com a declaração de que Deus é o pastor de Israel (Sl 80.1) e com a expectativa de um libertador diante de Efraim, Benjamim e Manassés (Sl 80.2), mas não de Judá.

É interessante, no entanto, que logo após estabelecer Davi como pastor de Israel e enfatizar a rejeição de Efraim e José, o Salmo 80 inicie com a declaração de que Deus é o pastor de Israel (Sl 80.1) e com a expectativa de um libertador diante de Efraim, Benjamim e Manassés (Sl 80.2), mas não de Judá.

Estruturado como uma pirâmide poética⁸ (77-83), o Salmo 80 está no centro da mensagem da coleção.⁹ O libertador do Salmo 80 é descrito como o homem da mão direita de Deus (v. 17), o filho do homem que Deus fortaleceu (v. 17). Após sua manifestação, o povo desfruta da restauração e libertação pelas quais clamam no salmo, que ficam evidenciadas nos salmos seguintes onde o lamento vira cântico de alegria e a libertação do Egito é lembrada (Sl 81), Deus é reconhecido como reinante na assembleia divina e juiz de toda terra (Sl 82), e, diante de uma coalizão de dez inimigos, Deus é invocado não somente para destruí-los, mas também para que os povos busquem ao Senhor (Sl 83).

O Rei pastor

Para descrever a expectativa do livramento, o salmo apresenta a imagem do pastoreio, do “Pastor de Israel que conduz José como rebanho” (Sl 80.1, NVI). A cena pastoril é bem preparada nos três salmos anteriores desta coletânea asafita (77.20, 78.52, 79.13), mas, para além do imaginário campesino, rupestre e bucólico, a figura do rei pastor, comum no Antigo Oriente Próximo, é o que está em foco aqui. O rei que governa o povo com brandura, suprindo, guiando e protegendo.¹⁰ Essa é uma imagem comum no saltério, com descrições do rei messiânico e do rei dos céus como um pastor que cuida de suas ovelhas (Sl 23.1, 49.24, 77.70-72).

Merrill Tenney assevera que o ideal de Deus para o rei era ser um pastor para o seu povo.¹¹ Jørn Varhaug demonstra a presença da figura do pastor no imaginário israelita, representada no Salmo 23, em que o pastor de Davi possui vara e cajado, elementos do aparato real do Antigo Oriente Próximo.¹² John Walton demonstra que deuses e reis eram frequentemente retratados como pastores, cuidando e protegendo seu povo.¹³ Beth Laneel Tanner mostra que a figura do rei-pastor corresponde bem às expectativas de uma oração, onde o súdito clama ao Deus Rei por uma audiência.¹⁴ James Luther Mays observa que o título de pastor identifica Yahweh como soberano de Israel, especialmente nas profecias relacionadas ao exílio.¹⁵

Blessing Onoriode Boloje sugere distintivos importantes do rei-pastor: um modelo de relacionamento e cuidado, no qual o pastor atende às necessidades do rebanho; um modelo de proteção, em que o rei-pastor protege seus súditos em questões civis, econômicas e bélicas; e um modelo de libertação e restauração, no qual o pastor liberta da opressão e traz paz.¹⁶

Toda essa carga teológica e cultural do pastoreio real descrito no salmo é surpreendentemente direcionada a José, Efraim e Manassés, não a Davi e Judá. Earle Hilgert afirma que a razão para isso seria a representação de José como o Reino do Norte em sua apostasia (Am 5.6,15; 6.6).¹⁷ No entanto, essa não parece ser a melhor solução, tendo em vista a teologia da coleção asafita e o propósito do Salmo 80 no fluxo do saltério.

Toda essa carga teológica e cultural do pastoreio real descrito no salmo é surpreendentemente direcionada a José, Efraim e Manassés, não a Davi e Judá.

Dois messias

A ênfase efraimita do Salmo 80 levou alguns a considerar a existência de dois messias: o messias filho de Davi e o messias filho de José (ou Efraim).¹⁸ Enquanto alguns são capazes de atestar a antiguidade desta tradição,¹⁹ outros, como David Flusser, argumentam que uma afirmação categórica somente seria encontrada em fontes rabínicas posteriores ao século 3 d.C.²⁰ A recente descoberta da “Pedra de Gabriel”, datada para o século 1 a.C., apresenta, em contraparte, a expectativa da vinda de um messias, filho de José, que seria morto e ressuscitaria ao terceiro dia;²¹ uma compreensão que Jesus parecia esperar de seus interlocutores (Lc  24.25-27).

As tensões entre a liderança de Judá e José, ou a alusão a um “Messias filho de Efraim” ou um “Messias filho de José”, não são exclusivas desta seção do saltério ou da Bíblia Hebraica. A história de José se inicia com o questionamento de seus irmãos a respeito de um suposto governo de José sobre eles, mas é nas bênçãos patriarcais e mosaicas que se estabelecem as nuances fundamentais dessa tensão. Jacó abençoa Judá com governo e liderança (Gn 49.10), mas é José (em detrimento de Rubem) quem recebe o direito de primogenitura (1Cr 5.1,2). Posteriormente, Moisés abençoa José como escolhido dentre seus irmãos, ressalta sua primogenitura e o apresenta como um conquistador de nações (Dt 33.13-17). Kaiser Jr. argumenta que “o livro de Salmos nunca resolve completamente essa tensão”.²² Do mesmo modo, a tradição judaica posterior espera obras messiânicas distintas: um “messias filho de José”, que sofreria e morreria, e que seria ressuscitado pelo “messias filho de Davi”, que reinaria.²³

Reconhecendo a existência e permanência dessa tensão no saltério, é necessário observá-la à luz da intencionalidade dos compiladores finais.²⁴ A inserção de José e das tribos do norte no início do salmo como alvos do pastoreio de Yahweh é adequada ao fluxo da coleção asafita, que menciona as tribos do norte (77-79) e esclarece que Deus “rejeitou as tendas de José, e não escolheu a tribo de Efraim; ao contrário, escolheu a tribo de Judá” (Sl 78.67-68), NVI), além de contribuir com a poética e o discurso do salmo. Na bênção de Jacó, José é apontado como uma videira frutífera (Gn 49.22), preparando a frustração do povo com a videira chamada do Egito, que prosperou, mas foi destruída (v. 12-13).

O Filho e a videira

Para descrever a atuação do libertador e a condição de Israel, o salmista utiliza a linguagem da videira nos versos 8-18. A imagem de Israel como uma videira é conhecida nos escritos proféticos (Is 5.1,2; Jr 2.21), reverberando a menção a José como um ramo frutífero (Gn 49.22). Assim como na parábola da vinha em Isaías (Is 5), a videira no Salmo 80 é entregue à destruição (v. 12-13). Diante da aflição, o salmista clama ao Deus dos Exércitos por intervenção (v. 14). No verso 15, Israel é chamado de filho que a mão direita de Deus fortaleceu – uma metáfora para o poderio divino²⁵ –; no verso 17, por outro lado, a tônica muda para um indivíduo: o homem da mão direita, o filho do homem.

Derek Kidner afirma que, embora o texto possa soar messiânico, o verso 17 também faria referência a Israel.²⁶ Tanner concorda com Marvin Tate sobre o “nós” nos versos 18 e 19 referindo-se a Israel, declarando que a esperança de restauração para a videira reside no Senhor, sem expectativa na monarquia davídica.²⁷ John Goldingay sugere que ambos os versos podem se referir ao rei, com o termo “filho do homem” enfatizando uma interpretação messiânica posterior.²⁸ Arik Greenberg admite que a cena do filho do homem à direita de Deus oferece uma poderosa imagem para o Novo Testamento.²⁹ David Hill defende que o verso 15 fala da videira como Israel, mas reconhece que o clamor a Yahweh pode ser por um indivíduo, o filho da mão direita de Deus em quem o povo encontra restauração.³⁰ David Hill observa o papel do rei como representante do povo, identificando esse indivíduo com funções reais. Owen Palmer Robertson defende que os versos 15 e 17 referem-se a um indivíduo e também à comunidade, observando o paralelismo onomástico com Benjamin, “filho da mão direita” (v. 3), o filho que fortaleceste” (v. 15), o “homem da mão direita” (v. 18) e o “filho do homem” (v. 17), além do paralelismo de sinônimo entre “fortaleceste para ti” e “mão direita”. Essa figura messiânica aparece relacionada a José, Efraim, Benjamin e Manassés, não no contexto de um messias davídico, mas o salvador do povo (v. 19).³¹

Respeitando o paralelismo e o fluxo do texto, o verso 15 trata de Israel como o filho que Deus fortaleceu, ao passo que o verso 17 culmina na teologia da coletânea de Asafe, no centro da pirâmide poética, com a presença de um libertador: o filho do homem que traz restauração ao povo. A tensão entre José e Davi, bem como entre Efraim e Judá, é intencionalmente registrada no Salmo 78, onde o reino messiânico pertence a Davi, e não a Efraim (Sl 78.67-69), a fim de preparar o terreno para a compreensão do Salmo 80. Assim, o salmo fala de um libertador “como José”. Robertson observa que, sob uma perspectiva canônica, a figura traída por seus familiares, atravessando aflição e agonia e que posteriormente surge como governante de seus pares, é uma imagem interessante da vida e obra de Jesus.³² O messias do Salmo 80 não é uma segunda figura messiânica, mas um aspecto da obra do único messias, que, como filho de Adão, é a semente prometida que pisa na cabeça da serpente (Gn 3.15); como filho de Abraão, é o descendente que abençoa todas as famílias da terra (Gn 22.18); como filho de Davi, é o rei prometido que traz justiça e paz (Gn 49.10); e como “filho de José”, padece por seus irmãos, mas vence e abençoa seu povo (Is 53). Ele tem o trono de Davi, o cetro de Judá por descendência e a primogenitura de José.

Ele tem o trono de Davi, o cetro de Judá por descendência e a primogenitura de José.

Com essa figura messiânica estabelecida e o filho do homem fortalecido, a esperança do salmo volta-se para uma dimensão em que o povo não mais se desviaria do Senhor, mas são restaurados, avivados e buscam a Deus (v. 19). O salmo termina com o terceiro e último pedido por restauração, onde o nome de Deus assume sua expressão mais extensa no salmo, “Yahweh, Deus dos Exércitos”. A restauração vem de Deus, que pode manifestar sua glória novamente para seu povo (v. 19).

Uma conclusão canônica

O Salmo 80 sozinho não encerra a polêmica do messias filho de José. Alguns têm empreendido esforços de analisar o tema ao longo de toda a Bíblia Hebraica.³³ Para os cristãos, o progresso da revelação viabiliza a compreensão da temática sob o prisma do desenvolvimento do messianismo até a encarnação do Filho. Este autor não defende a expectativa de um segundo messias, mas sim expressões diferentes do messianismo veterotestamentário para um mesmo indivíduo. Cristo apresenta-se como a videira verdadeira (Jo 15), como o filho do homem (Mt 13.37) e como o pastor de Israel (Jo 10.11), prerrogativas essenciais do libertador esperado no Salmo 80.

Além da libertação temporária do domínio estrangeiro, a teologia do salmo (e do saltério) aponta para um libertador definitivo, que cumpre as expectativas da aliança e conduz o povo à justiça e paz: o descendente davídico, Jesus Cristo.

 

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1. Moses Buttenwieser, “Messiah”, em: The Jewish Encyclopedia, 1906, v. 8, p. 505-12.

2. A BHS (Biblia Hebraica Stuttgartensia) apresenta como título: “para o mestre de música, de acordo com a melodia os lírios da aliança, Salmo da família de Asafe.”

3. Derek Kidner, Psalms 73-150, 1981, p. 289.

4. Walter Christian Kaiser Jr., “The Messiah Of Psalm 80Bibliotheca Sacra, v. 174, n. 696, 2017, p. 390.

5. Marvin E. Tate, Word Biblical Commentary: Psalms 51-100, 1990, p. 312.

6. Gerald Henry Wilson, The Editing Of The Hebrew Psalter, 1985, p. 11.

7. Owen Palmer Robertson, A estrutura e a teologia dos Salmos, 2019, p. 93-96.

8. Ibidem, p. 39.

9. Sendo também o salmo central do saltério.

10. John H Walton, Victor H Matthews e Mark W. Chavalas, The IVP Bible Background Commentary, 2000, p. 515.

11. Merrill C. Tenney (org.), Enciclopédia da Bíblia: Cultura Cristã, 2008, v. 4, p. 237.

12. Jørn Varhaug, “The Decline Of The Shepherd Metaphor As Royal Self ExpressionScandinavian Journal Of The Old Testament, v. 33, n. 1, 2019, p. 16.

13. Walton, Matthews, Chavalas, 2000, p. 515.

14. Nancy Declaissé-Walford, Rolf A. Jacobson e Beth Laneel Tanner, The New International Commentary On The Old Testament: The Book Of The Psalms, 2014, p. 580.

15. James Luther Mays, Micah: A Commentary, 1976, p. 75.

16. Blessing Onoriode Boloje, Micah’s Shepherd-King (Mi 2:12–13): An Ethical Model For Reversing Oppression In Leadership Práxis”, Verbum Et Ecclesia, v. 41, n. 1, 2020, p. 5.

17. Earle Hilgert, The Dual Image Of Joseph In Hebrew And Early Jewish Literature”, Biblical Research, v.  30, 1985, p. 6.

18. David C. Mitchell, Messiah Ben Joseph In The Book Of Psalms, 2010, p. 11.

19. David C. Mitchell, “The Fourth Deliverer A Josephite Messiah in 4Q Testimonia”, Biblica, v. 86, n. 4, 2005, p. 545-553.

20. David Flusser, Judaism and the Origins of the Christianity, 2009, p. 425. Considere também que Flusser não nega a antiguidade da tradição, afirmando até mesmo a sua rastreabilidade nos dias de Judas Macabeus, sua inferência é a respeito de uma afirmação final e contundente. Ver: Flusser, 2009, p. 423-424.

21. Matthias Henze, Hazon Gabriel: New Readings Of The Gabriel Revelation, 2011, p. 19.

22. Kaiser Jr, 2017, p. 389.

23. Buttenwieser, 1906, p. 511.

24. Wilson, 1985, p. 4.

25. Declaissé-Walford, Jacobson e Tanner, 2014, p. 582.

26. Derek Kidner, Psalms 73-150: A Commentary On Books Iii-V Of The Psalms, 1981, p. 292.

27. Declaissé-Walford, Jacobson e Tanner, 2014, p. 582.

28. John Goldingay, Psalms: Volume 2 (42–89), 2006, p. 551-552.

29. Arik L. Greenberg, A Separate Son Of Man, Greco-Roman And Jewish Tributaries To The New Testament: Festschrift In Honor Of Gregory J, Riley, 2018, p. 143.

30. David Hill, “Son Of Man In Psalm 80“, Novum Testamentum, v. 15, n.  4, 1973, p. 264-269.

31. Robertson, 2019, p. 143.

32. Ibidem.

33. Ver: David C. Mitchell, Messiah Ben Joseph, 2016.

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